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Transtorno de Pânico: 5 Sintomas, Causas e Tratamentos

Transtorno de Pânico

O Que é Transtorno de Pânico (TP)?

O Transtorno de Pânico (TS) ou perturbação de pânico, é uma perturbação de ansiedade caracterizada por ataques de pânico recorrentes e inesperados. Os ataques de pânico são períodos de medo intenso que podem ser acompanhados de palpitações, suores, tremores, falta de ar, entorpecimento ou a sensação de que algo terrível está para acontecer.

Os ataques de pânico acarretam intenso sofrimento psíquico com modificações importantes de comportamento, devido ao medo da ocorrência de novos ataques. Isso faz com que os pacientes procurem as emergências médicas em busca de causas orgânicas que expliquem seus sintomas.

A perturbação de pânico afeta cerca de 2,5% da população em algum momento da vida. A condição começa geralmente a se manifestar durante a adolescência ou no início da idade adulta, mas pode afetar qualquer faixa etária. É menos comum entre crianças e idosos. A condição é mais comum entre mulheres do que entre homens.

Quais os 5 Principais Sintomas do Transtorno de Pânico?

Os sintomas são diversos e manifestam-se subitamente e o pico de intensidade ocorre em apenas alguns minutos. A pessoa pode manifestar ansiedade em relação a novos ataques e tende a evitar locais onde no passado ocorreram ataques.

O transtorno de pânico é caracterizado por crises súbitas frequentemente incapacitantes e recorrentes. Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem causas aparentes ou por meio de ansiedade excessiva motivada por estresse, perdas, aborrecimentos ou expectativas. Depois de ter uma crise de pânico a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados fobias, dessas situações e começar a evitá-las.

Os sintomas são como uma preparação do corpo para fuga de uma ameaça real (sistema simpático). A adrenalina provoca alterações fisiológicas que preparam o indivíduo para o enfrentamento desse perigo.

Os 5 principais sintomas provocados por essa alteração, são:

  1. Aumento da frequência cardíaca (com concentração do sangue na cabeça e membros);
  2. Aumento da frequência respiratória (hiperventilação);
  3. Ressecamento da boca;
  4. Sensação de falta de ar (ocasionada pela não estimulação dos nervos sensitivos intra nasais);
  5. Medo de morte iminente.

Durante a hiperventilação, o organismo excreta uma quantidade acima de gás carbônico desequilibrando o controle do equilíbrio ácido-básico do sangue.

Quando ocorre diminuição do gás carbônico ocorre também um aumento no pH sanguíneo (alcalose metabólica) e, consequente a isso, uma maior afinidade da albumina plasmática pelo cálcio circulante, o que irá se traduzir clinicamente por uma hipocalcemia relativa (redução na quantidade de cálcio livre).

Sentem-se os sintomas dessa hipocalcemia relativa em todo o organismo:

  • Sistema nervoso central: ocorre vasoconstrição arterial que se traduz em vertigem, escurecimento da visão, sensação de desmaio.
  • Sistema nervoso periférico: ocorre dificuldade na transmissão dos estímulos pelos nervos sensitivos, ocasionando parestesias (formigamentos) que possuem uma característica própria: são centrípetos, ou seja, da periferia para o centro do corpo. O indivíduo se queixa de formigamento que acomete as pontas dos dedos e se estende para o braço (em luva, nas mãos; em bota, nos pés), adormecimento da região que compreende o nariz e ao redor da boca (característico do quadro).
  • Musculatura esquelética: a hipocalcemia causa aumento da excitabilidade muscular crescente que se traduz inicialmente por tremores de extremidades, seguido de espasmos musculares (contrações de pequenos grupos musculares: tremores nas pálpebras, pescoço, tórax e braços) e chegando até a tetania (contração muscular persistente). Em relação à tetania, é comum a queixa de dificuldade para abertura dos olhos (contratura do músculo orbicular dos olhos), dor torácica alta (contratura da porção superior do esôfago), sensação de aperto na garganta (contração da musculatura da hipofaringe, notadamente da cricofaríngeo), de abertura da boca (contratura do masseter e de músculos faciais, e contratura das mãos (mão de parteiro). São muito frequentes as câimbras.

Quais As Causas do Transtorno de Pânico?

Desconhecem-se as causas exatas dos ataques de pânico.Em muitos casos verificam-se antecedentes familiares da condição. Entre os fatores de risco estão fumar, o stresse psicológico ou antecedentes de abuso infantil.

O transtorno do pânico pode ter como origem situações extremas de estresse, como crises financeiras, brigas, separações ou mortes na família, experiências traumáticas na infância ou depois de assaltos e sequestros. Pessoas cujos pais têm transtornos de ansiedade são mais suscetíveis de desenvolver TP.

Como é Desencadeado o Transtorno de Pânico?

O sistema de “alerta” normal do organismo (conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça), desencadeia-se desnecessariamente na crise de pânico, sem perigo iminente real. Pessoas ansiosas são mais suscetíveis ao problema do que outras, o que envolve tanto fatores genéticos quanto aprendidos na convivência familiar, escolar e social. Entretanto, há muitas pessoas que desenvolvem este transtorno mesmo sem ter antecedente familiar.

O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores, que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: fome, sono, prazer, tristeza, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos.

Isto é exatamente o que ocorre em uma crise de pânico: existe uma informação incorreta alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade não existe. É como se tivéssemos um despertador que passa a tocar o alarme em horas inapropriadas. No caso do Transtorno do Pânico os neurotransmissores que encontram-se em desequilíbrio são a Serotonina e o GABA (ácido gabaérgico) nas áreas ao redor do hipocampo e amígdala cerebelosa.

Como é o Tratamento do Transtorno de Pânico?

Exames

Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno de pânico, frequentemente é confundido com outras doenças em emergências de hospitais. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. Devem-se fazer muitos exames para descartar outras possibilidades.

Estimulação Magnética Transcraniana

O tratamento do transtorno de pânico inclui medicamentos para ansiedade e psicoterapia. O uso de uma nova técnica denominada estimulação magnética transcraniana repetitiva também pode ser útil.

Controle da Respiração

Durante as crises pode-se utilizar uma técnica simples para diminuir o mal estar, sobretudo no peito: inspirar o ar pelo nariz até inflar totalmente a caixa torácica, prendê-lo por dois a quatro segundos, e soltar o ar bem devagar pela boca. Pode-se repetir o exercício algumas vezes até a melhora da sensação de dor ou desconforto no peito. O aprendizado do controle dos sintomas pelo controle da respiração é extremamente útil no tratamento a longo prazo da síndrome de pânico.

Acompanhamento Psicológico

Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno de pânico são os psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno de pânico, o indivíduo deve procurar um médico.

A psicoterapia é tipicamente assistida por psicólogo, enquanto que o psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamento. Medicamentos ou técnicas modernas podem ser utilizadas para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico.

Terapias Integrativas

As terapias integrativas, tem abordagens não convencionais e também são chamadas de terapias alternativas. As abordagens não convencionais com o tempo, passaram a ser estudadas com rigor técnico e metodologia científica, o que aumentou sua segurança e garantia de eficácia. Nos dias de hoje, literalmente integram a medicina convencional com outras formas de tratamento.

São amplamente usadas no tratamento do transtorno de pânico, devido a serem usadas várias técnicas de tratamentos, integrando, técnicas conhecidas a milênios, como a acupuntura, a psicologia e a hipnose, entre outras.

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Terapias Integrativas - Dr. Ewilson Paredes

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