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Mutismo Seletivo: Características e Tratamento

Tratamento de Mutismo Seletivo em Balneário Camboriú

Mutismo Seletivo

O Que é Mutismo Seletivo?

Mutismo Seletivo (DSM-IV) ou Mutismo Eletivo (CID 10), é um transtorno psicológico caracterizado pela recusa em falar em determinadas situações e em outras o indivíduo consegue falar.

Geralmente envolve pessoas tímidas, introvertidas e ansiosas. Esse transtorno começa quando a pessoa ainda é criança, geralmente fala apenas com algum ou ambos pais e com algumas pessoas da família.

Contudo, não falam com a maioria das pessoas (professores, médicos, dentistas, outros familiares e desconhecidos). A frequência não varia muito com o gênero, mas é mais comum em meninas. Em adultos é mais comum que sejam diagnosticados com fobia social.

Quais as Características do Mutismo Seletivo?

No DSM-IV (Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais), o mutismo seletivo é descrito como uma desordem psicológica, mais frequente nas crianças. Crianças e adultos com o transtorno, são capazes de falar e compreender a linguagem, mas não o fazem em certas situações sociais, quando é o que se espera deles.

Funcionam normalmente em outras áreas do comportamento e aprendizagem, mas se privam severamente de participar de atividades em grupo. É como uma forma extrema de timidez, mas a intensidade e a duração a distinguem. Como exemplo, uma criança pode ficar completamente calada na escola, por anos, mas falar a vontade em casa.

A criança com mutismo seletivo consegue comunicar-se bem em ambiente familiar, no entanto apresenta dificuldades em um ambiente com pessoas desconhecidas, em que sente que o seu comportamento está sendo observado. Veja, algumas características que ajudam a identificar o mutismo seletivo:

  • Dificuldade para interagir com outras crianças;
  • Falta de comunicação com professores;
  • Dificuldade para se expressar, mesmo que através de gestos;
  • Timidez excessiva;
  • Isolamento social;
  • Dificuldade em ir ao banheiro em ambiente não familiar, fazendo xixi nas calças, ou de comer na escola.

Apesar de ser mais frequente em crianças, o mutismo seletivo pode também ser identificado em adultos e, nesses casos, recebe o nome de fobia social, em que a pessoa sente-se bastante ansiosa em situações normais do dia a dia, como comer em público, por exemplo, ou ao pensar em estabelecer algum tipo de comunicação.

Quais as Causas do Mutismo Seletivo?

O mutismo seletivo não tem uma causa específica, no entanto pode ser desencadeada por algumas situações, podendo estar relacionada com alguma experiência negativa ou traumas, pela qual a criança passou, como entrar numa nova escola, viver num ambiente familiar muito protetor ou ter pais muito autoritários.

Além disso, o desenvolvimento dessa desordem pode estar relacionado com fatores genéticos, uma vez que é mais comum de acontecer em crianças cujos pais possuem transtornos emocionais ou de comportamento, ou estar relacionada com traços da personalidade da criança como vergonha, preocupação excessiva, medo e apego, por exemplo.

Essa situação também pode ser influenciada pelo início na vida escolar ou mudança de cidade ou país, por exemplo, sendo consequência do choque cultural. No entanto, nesses casos é importante que o desenvolvimento da criança seja observado, pois muitas vezes a falta de comunicação não se deve ao mutismo seletivo, mas sim corresponde a um período de adaptação da criança a um novo ambiente.

Por isso, para que seja considerado mutismo, é necessário que as características dessa alteração estejam presentes antes da mudança ou durem em média 1 mês. Apesar do nome, não se trata de eleger ou selecionar quando ficar mudo, mas sim de se sentir incapaz de falar, mesmo querendo. Frequentemente está associado com um elevado nível de ansiedade, que pode ser por predisposição genética e associada com maior atividade da amígdala cerebelosa.

A mudez também pode indicar algum tipo de transtorno de comunicação, tartamudez, dificuldade auditiva, transtorno de aprendizagem, transtorno de adaptação ou de separação, Síndrome de Asperger, autismo, depressão nervosa ou estar associado a outro transtorno de ansiedade. Pode estar ligado a um trauma psicológico, mas essa não é necessariamente uma das causas.

Como é Diagnosticado o Mutismo Seletivo?

É comum que os pais só levem para tratamento após muitos meses ou anos de mudez, supondo que se trata apenas de timidez normal, até que os prejuízos se tornam mais visíveis e significativos (notas baixas, bullying, brigas ou a pedido da professora ou da psicóloga escolar).

Para o diagnóstico, essa mudez seletiva, deve durar no mínimo um mês, não contando o primeiro mês de escolarização, período em que é comum as crianças se mostrarem tímidas e evitarem falar com professores.

O mutismo seletivo é caracterizado por:

  • Fracasso consistente para falar em situações sociais específicas apesar de expressar-se verbalmente em outras situações.
  • Interfere com as atividades educacionais ou/e profissionais ou/e comunicação social.
  • O fracasso para falar não se deve à falta de conhecimento do idioma falado requerido na situação social.
  • Deve ser diferenciado de transtornos de comunicação (por exemplo, gagueira), não é melhor explicado por outro transtorno do desenvolvimento e nem por algum tipo de psicose.

Como é Feito o Tratamento Para o Mutismo Seletivo?

O tratamento para o mutismo seletivo consiste em sessões de psicoterapia, em que o psicólogo traça estratégias que estimulem a comunicação da criança, além de explorar técnicas que avaliam o seu comportamento. Assim, o psicólogo consegue fazer com que a criança consiga sentir-se mais confortável no ambiente de modo que a sua comunicação é favorecida.

Em alguns casos, pode ser recomendado pelo psicólogo que a criança também tenha o acompanhamento de um psiquiatra infantil ou que sejam realizadas sessões com a família. Além disso, o psicólogo orienta os pais para que o tratamento continue a ser estimulado em casa, recomendando que os pais:

  • Não forcem a criança a falar;
  • Evitem responder pela criança;
  • Elogiem quando a criança demonstra progresso em sua capacidade de comunicação;
  • Estimulem a criança a fazer coisas que são mais difíceis, como por exemplo comprar pão, por exemplo;
  • Deixem a criança confortável nos ambientes, de modo a evitar que sinta que é o centro das atenções.

Dessa forma é possível que a criança adquira mais confiança para se comunicar e não fique tão desconfortável em ambientes estranhos. Quando não existe resposta ao tratamento nem melhoras evidentes, o psiquiatra pode indicar o uso de inibidores seletivos da recaptação de serotonina, os ISRS, que atuam a nível cerebral.

Estes medicamentos só devem ser usados com orientação do médico e em casos muito bem avaliados, já que não existem muitos estudos que comprovem seu efeito no tratamento de crianças com este transtorno.

A terapia cognitivo-comportamental, tem bons resultados assim como a Musicoterapia com diversas técnicas como a ludoterapia, treino comportamental e psicoeducacional, incluindo o uso de outros meios de comunicação (telefone, gestos, escrita, desenhos…), reforço positivo dos comportamentos desejados, inclusão da escola e dos pais na terapia, praticando em ambientes seguros no ritmo do paciente, o que ele precisa fazer em outros ambientes mais hostis.

A terapia varia bastante dependendo do terapeuta e da gravidade do caso e há pouca literatura em português sobre o tema. Em inglês existe uma ONG americana especializada no assunto, com várias pesquisas na área: a SMA.

Veja Alguns Casos Famosos de Mutismo Seletivo

  • Raj, personagem fictício da série The Big Bang Theory, mas baseado em um caso real, não consegue falar com mulheres caso não esteja alcoolizado.
  • No filme Jumanji, após a morte de seus pais, Peter fala apenas com sua irmã, e apenas quando estão sozinhos.
  • No filme Little voice a protagonista é uma cantora com mudez seletiva.
  • Um universitário americano responsável pela morte de 32 pessoas em 2007 foi diagnosticado com o transtorno. Seu isolamento e falta de diálogo é citado como uma das causas do ataque.
  • Na segunda temporada da série The Fosters, descobre-se que o personagem fictício Jude Adam Fosters tem o transtorno.

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Terapias Integrativas - Dr. Ewilson Paredes

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